O ciclo produtivo linear, que se fundamenta na ideia de crescimento econômico com exploração ilimitada de recursos naturais finitos, resulta na lógica de produzir, consumir e gerar resíduos. Esse ciclo produtivo já ultrapassou os limites de resiliência planetária. E, em alguns casos, já são irreversíveis. Em desdobramento, advêm as cidades em crise, que se afastaram da sua dimensão humana de trazer felicidades para as pessoas, e constituem um pesadelo urbano; o que é fomentado pelo capital especulativo imobiliário que emprega o excedente de produção para manter a linearidade do sistema. A presente obra explora caminhos possíveis para a superação desses desafios. A economia circular propõe a transição para um modelo produtivo alinhado com o sistema biológico planetário, em que se maximizam os ciclos produtivos dos artefatos para evitar o seu descarte. Essa transição propugna também a constituição das alavancas públicas de planejamento técnico urbano, que contribuem para a construção das cidades sustentáveis e remodelam o ambiente urbano com resgate da dimensão humana; A partir desse marco teórico, a obra se debruçou sobre a legislação pátria para examinar a internalização dessa transição, e promoveu o estudo de caso do Plano de Desenvolvimento Sustentável para 2018/2030, do CONLESTE, que poderia fomentar negócios circulares para regenerar o território regional. É com a esperança de um outro caminho possível que apresentamos esta obra. Boa leitura!