O Grampus era o veleiro mais importante do período imperial, responsável por transportar cargas e passageiros entre Brasil e Portugal, sendo comandado com mão de ferro pelo capitão Nelson Barnard. Contudo, em setembro de 1853, o navio simplesmente desapareceu em pleno Atlântico, levando consigo dezenas de almas para o fundo do oceano. Os poucos sobreviventes parecem ter sido acometidos por uma espécie de loucura coletiva, pois os seus relatos envolvem criaturas com olhos em brasas e presas compridas, que vagavam à noite em busca de sangue humano. Falam também sobre desaparecimentos, assassinatos, corpos desmembrados, um fantasma vermelho e um corvo escarlate, mas ninguém sabe o que realmente ocorreu a bordo. Afinal, o que houve com a tripulação do Grampus? Qual foi o destino de Isaura, a escrava perseguida pelo cruel sinhô Leôncio? Como terminou o caso mantido entre dois marinheiros, Amaro e Aleixo? O que causou a queda da influente Casa dos Reynolds? Como o escritor Edgar Allan Poe foi parar no navio mesmo quatro anos após a sua morte? Por último, será que o poeta Álvares de Azevedo, vulgo conde Lopo, conseguirá as respostas que tanto procura para retornar aos braços da sua amada? Todas as respostas a esses mistérios encontram-se nas páginas deste romance repleto de referências históricas e literárias.