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Integração Ferroviária Sul-americana

Integração Ferroviária Sul-americana

Sinopse

O objeto de estudo deste livro é a infraestrutura ferroviária sul-americana, particularmente sua função para o processo de integração sul-americano após a década de 1990. O principal objetivo neste trabalho é analisar por que a infraestrutura ferroviária sul-americana é tão pouco integrada. Mais especificamente, porque o sistema ferroviário brasileiro é tão pouco integrado ao conjunto da infraestrutura ferroviária Sul-Americana. Argumenta-se nesta pesquisa que a inexpressiva participação ferroviária no processo de integração regional está relacionada ao tipo de desenvolvimento econômico e social realizados historicamente nos países da Região. As ferrovias sul-americanas contribuíram, até meados do século XX, para a integração tanto nacional quanto intrarregional através da expansão de linhas férreas em âmbito nacional quanto pela construção de conexões internacionais, que serviram para aumentar a possibilidade de trânsito de passageiros, de mercadorias, animais ou pequenas expedições, na Região. No entanto, a partir da década de 1950, observa-se à desativação de parcela significativa de linhas e serviços do modal ferroviário regional, que foi submetido a um processo de reinvenção de seu modelo de negócios pela intervenção estatal (e pelas próprias forças do mercado) que, após décadas de controle e readequação administrativa, acabou por, novamente, estimular a volta de investidores privados ao setor. A pertinência da escolha do modal ferroviário como paradigma de análise ocorre pelo fato de que nele parecem estar contidas as principais dificuldades para uma efetiva integração econômica através da infraestrutura física dos países sul-americanos, tendo em vista que a participação deste modal nos fluxos de comércio e de pessoas que circulam entre os diversos países da Região é praticamente inexistente. Afinal, se existem linhas férreas ligando, pelo menos, sete países da América do Sul e se existem mercadorias a serem transportadas regionalmente, considerando-se que aumentaram efetivamente as exportações e importações na Região, por que, então, não aconteceu aumento proporcional dos transportes pelo modal ferroviário?