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Minha Alma Me Contou

Minha Alma Me Contou

Sinopse

Acompanhamos as aventuras da infância de um menino – o Carlinhos – e as alegrias de crescer em um bairro pobre: seus amigos, jogos infantis e o despertar das primeiras emoções provocadas pelos olhos das meninas, que ainda brincavam de roda, e as dores da perda da inocência no final daquela idade. Com a segurança de um velho marinheiro, navega com suas crônicas através das ondas de histórias bem humoradas, dramas vividos e amores desfeitos, personagens em conflitos com a morte, revelações religiosas e – com a mesma desenvoltura – cruza com prostitutas, mendigos, párias e farrapos. Ainda que não evite a crueza dos relatos, sua narrativa é respeitosa e emana compaixão pelos marginalizados da vida. Parodiando Fernando Pessoa: "Tão mentiroso, que chega a fingir que é mentira, as verdades que deveras conta...", Carlos abre suas velas aos ventos da imaginação quando ousa se expor nos devaneios, soltando sua criatividade – sem temer a escrita na primeira pessoa. Os mares aqui são tempestuosos e há rochedos que poderiam naufragar o livro quando sensualidade, amores adultos e sexo apimentam o texto. As armadilhas são superadas; se personagens e autor são atrevidos e luxuriosos, o estilo não perde a elegância e o respeito à sensibilidade do leitor. Suas poesias de rimas livres – aí muitos escritores veteranos também se atrapalham – recompensam pelos sentimentos. Têm ritmo e brilham nos textos mistos de narrativa e versos, como na história de dois velhos, sua horta e jardim. O livro fecha com textos íntimos, as confissões do autor. Sua alma não se constrange em se exibir nua para os leitores. São narrativas de um escritor maduro, mas que visitam as mesmas emoções singelas da infância. Os textos sobre a infância são nostálgicos e lamentam um tempo perdido; as crônicas, devaneios e poesias denunciam pessimismo, conformismo ou ironia diante realidade da vida e da cruel inevitabilidade da morte.