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Nós não caminhamos sós

Nós não caminhamos sós

Sinopse

Entre os anos de 1940 e 1985, mais de 2,4 mil pessoas foram segregadas compulsoriamente no Leprosário Itapuã, uma minicidade construída artificialmente para isolá-los no município de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Em comum, apenas o diagnóstico de Lepra. Partindo da história de duas mulheres que tiveram a vida atravessada por esta política segregacionista de profilaxia da doença, este livro-reportagem busca registrar como era a vida no local, resgatar o histórico da doença - conhecida como a mais antiga da humanidade - e recordar a mobilização da sociedade gaúcha para a construção do Leprosário. "Tudo isso é contado aqui com mão segura, após pesquisa documental e reportagem certeira, por Ana Carolina de Oliveira. Seu texto é tão primoroso quanto pode ser, pela fluência da frase e por uma outra virtude, superior ainda, a extrema discrição com que as palavras se comportam para dar protagonismo a quem de fato importa aqui, os internados em Itapuã, especialmente Eva e Marleci. O livro de Ana Carolina não tem poucos méritos. No correr dos capítulos, vão sendo trançadas a história de duas mulheres com a história da cidade, do estado, do país e do mundo, e ainda com a história quase infinita da lepra, da hanseníase, doença velha como o mundo conhecido." Luís Augusto Fischer "Com inteligência e sensibilidade, a autora nos coloca diante de uma sociedade a um só tempo simples e complexa: simples porque resolve seus problemas, complexa porque, ao resolvê-los, revela vidas que foram roubadas em plenitude. É como denuncia e reage à indiferença e à injustiça social a que foram submetidos os habitantes do Leprosário Itapuã, reconstituindo as trajetórias de Eva e Marleci. Trata-se de uma leitura instigante e, por isso mesmo, prazerosa, onde a articulação do conteúdo gera uma modulação textual singular: a de Ana Carolina, fazendo, já, do seu texto uma referência e iluminando, como poucos conseguiram, uma parte esquecida das cidades de Porto Alegre e Viamão, que se pode ampliar incontavelmente mundo afora." Jane Tutikian